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Colisão de carros, ambos dizem estar corretos.
jul
9
2011
Ontem a noite 08/07/11, ao passear com minha família (Esposa e cunhada) perto de casa em Guarulhos, houve uma colisão entre um carro e o meu.
Ambos os envolvidos dizem estar certos, ou seja, eu e o outro envolvido.
Detalhes do acontecido.
Por volta das 20:30, estava aproximando-me de uma rotatória com meu carro. A minha frente tinha alguns carros e um caminhão. Antes de chegar a rotatória, o caminhou atravessou, chegou minha vez de dar o contorno na mesma e seguir, ao qual deixei passar outro caminhão e observando se tinha algum carro logo a seguir. Como não vi nenhum carro vindo, comecei a entrar na rotatória para fazer a meia volta em direção a Rod. Dutra. Mal comecei a entrar na rotatória, apenas senti uma colisão forte em meu carro, ao qual atingiu a dianteira do pára-lama do passageiro com farol, pisca e pára-choque.
Ao colidir, o outro carro ainda continuou andando por mais uns 50 Mts +- a frente. Ao qual até pensei que ele ia fugir e avancei meu carro para o fazer parar.
No que descemos, perguntei o que havia acontecido, ao outro motorista. Ele já foi dizendo que eu estava errado e que eu o havia cotando, entrando em sua frente.
Nisso eu mesmo disse não ter visto carro algum e o único carro que ví estava muito distante, calculando eu que nem mesmo em 100KmH tal carro desconhecido ia me atingir.
Logo a seguir a esposa dele sai do carro me chamando de moleque, que eu era cego e me xingando. Não dava nem para falar com ela gritando e me xingando. Nisso fiquei com mais raiva e comecei a falar alto igualmente.
Disse eu: “A senhora nem me conhece e fala assim? Nem sabe quem sou eu. Não me conhece. Imagine se eu fosse um bandido e com uma arma?, poderia pegar no meu carro e até matar vocês”.
Nisso, me afastei deles, visto a senhora estar gritando e não dar vazão para conversa. Fiquei perto do meu carro com minha família e liguei para a polícia, ao qual o atendente me disse que se não tivesse nenhum ferido, ambos poderiam ir para qualquer delegacia e fazer um BO e que não necessitava a presença de polícia ao local.
O outro senhor também ligou para a polícia e disse a minha esposa que eles estavam vindo. Nisso decidi ficar no local, pois temi eles desviarem os fatos.
Ao chegar a polícia, a senhora logo foi gritando e dizendo que “eu” tinha uma arma e havia ameaçada matar eles. Logo os policiais me revistarão e o meu carro e não constatarão nada.
A senhora me interpretou mal.
Ficamos tocando algumas ofensas, no calor da discussão, ela disse que era cardíaca, no que os policiais me aconselharão a não falarmos mais nada para ambos ficarmos calmos. DETELHE o marido dela mal falava algo, ao contrário dela que ficava chorando e gritando o tempo todo e mal deixava alguém falar com ela, mesmo que fosse para a acalmar.
Os polícias disseram para os acompanhar a delegacia.
Ao qual ela queria me indiciar por incitar pegar alguma arma contra eles.
(Mal entendido dela, observem as minhas palavras acima).
Por algum motivo eles ao conversarem com o delegado, ficou transparecido que o marido dela entendeu o que houve e aconselhou ela a deixar disso, apenas relatando o acontecido da colisão, segundo a versão deles.
Logo meus familiares e eu declaramos o acontecido do nosso ponto de vista em BO.
Infelizmente por pensarmos cada estar com a sua razão, não entramos em acordo.
Nenhum de nós tem seguro de carro.
Não entramos em acordo para ver como ficaria a situação dos danos materiais e perdas.
Imaginei eu, que mesmo estando com minha razão, teria de arcar com o meu prejuízo e infelizmente cada um levar a sua carga.
Ao sairmos da delegacia, minha esposa e cunhada se despedirão do senhor envolvido, ao qual ele deu a entender que iria procurar a justiça para reaver o seu direto sobre danos com seu carro.
Imagino que como não entramos em acordo, e ele pensa estar correto, no casso, assim como eu, claro, ele pensa em me colocar em juízo, pois disse a minha esposa que ele saiu com o prejuízo maior.
Não sei na verdade nem quem levou maior prejuízo nesta situação, (ainda não apurei valores, apenas tirei uma foto do carro dele para futura consulta e defesa, se necessário) mas acho que ficou elas-por-elas. Entretanto, não sei o que eu faço, nem como devo proceder.
PERGUNTO eu a vocês.
Peço orientação, sobre como me defender, quais meus direitos, quais meus deveres, o que eu posso esperar do caso, quais os conselhos, qual a melhor coisa a ser feita?
E agora? O que eu faço?
Se entende que a outra parte irá lhe demandar, realmente, eu escolheria por oferecer a demanda primeiro. Pois quando você é o Autor de um Processo Especial, existem os benefícios gratuítos citados acima, se for o réu no JEC ou no Juizado Ordinário, terá que contratar um advogado e “reconvir” já que Vso. interesse não será mais somente de defesa mas sim, ataque na demanda.
Seja rápido!
Obrigado senhores pelas respostas.
No meu caso, ainda estou no aguardo, pois a outra parte disse que me levaria em juízo, mas até o momento, não aconteceu nada. Ainda não recebi nada informando sobre um possível processo.
1 – Neste caso eu pergunto, o que é mais recomendado, eu aguardar para uma defesa, ou entrar logo na justiça?
2 – Eu também andei me informando por aí e já vários me disserão que como eu estava ainda dentro da rotatória, a outra parte deve por lei, parar, ou diminuir a velocidade, (embora convenhamos que isso na prática não acontece muito) assim, eu estaria com a razão neste caso pela lei. Isso procede? Se eu colocar em juízo a outra parte, tem grande chance de ganhar o processo?
3 – Até depois de quanto tempo, posso entrar com um processo deste após o ocorrido?
Sigo recomendação do Dr. Torres e somente ficaria na inércia, caso tivesse plena certeza que não seria demandado e que meus prejuizos fossem menores que invocar as fases da jurisdição.
Uma vez no trajeto da rotatória, a preferência é Vsa, assim como hermeneutica jurídica nesse conflito.
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Se entende que ambos tiveram sua parcela de culpa na situação e entende que devem arcar com seu respectivo prejuizo, deverá apenas aguardar ser (eventualmente) citado para defender-se judicialmente.
Em minha opinião, (se seus danos materiais, forem inferiores a 20 salários mínimos) entraria no Juizado Especial Civel mais próximo da residência da outra parte, iria alegar e imprudência na conduta lesiva o qual resultou danos ao veículo e deixaria o Magistrado arbitrar as ferramentas corretas para averiguar os fatos (como perícia, testemunhas, etc).
Em casos assim, deve-se logo arrolar duas testemunhas no local, as incentivar em sua Defesa, pegar nome completo, telefone e RG (normalmente as pessoas se esquecem no momento da colisão).
Caso (eventualmente) não fique provado a culpa da outra parte no processo especial, então nada terá a perder, já que não paga-se sucumbência e Não há necessidade de contratar advogado, ou custas processuais, a demanda é gratuita.